segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Crianças doidas no Estadão!!!


Sexta passada (28/12) tive a alegria de ver publicada no Blog do ESTADINHO (Suplemento Infantil do jornal O Estado de São Paulo) uma resenha super bacana sobre o livro AS CRIANÇAS VÃO FICAR DOIDAS! (il. Mariana Massarani, Manati). Se vocês ainda não leram por lá, reproduzo logo abaixo. Hakuna Matata!!!

"Seu Tatá está tão tantã  
Que passa feito tufão,
Soltando raio e trovão  
Na caverna do dragão.

TIC TAC TIC TAC

Se eu não corro, me atraso.
Não tem jeito nem conversa:  
É certo que bem depressa  
Acontece a bagunça.


As crianças vão ficar doidas!”

Não só as crianças, os adultos também! No livro As Crianças Vão Ficar Doidas!, de Tino Freitas, tudo é tão maluco que vai ser difícil resistir às maluquices e à pressa do Seu Tatá. Por que ele corre tanto e espalha tanta bagunça por onde passa? Isso você descobre na obra, que pode ser lida numa sentada só, porque tem ritmo e velocidade em cada rima. É uma delícia de leitura (e bem divertida, porque não tem situação que seja normal ali).
Mas é bom ler pelo menos uma vez bem devagar, para não perder nenhuma das brincadeiras com as palavras, que são quase trava-línguas. Tem, por exemplo, o Rei Polho van Piro, o pirata Peruca, a bruxa Bernadete que mora numa quitinete…
Além disso, as ilustrações da Mariana Massarani são sempre maravilhosas e, aqui, elas complementam a bagunça das palavras! Observando bem os desenhos, você descobre coisas malucas como uma máquina de lavar roupas do lado da cama, os três relógios de Seu Tatá, a cobra que se enrola no chapéu da bruxa Bernadete, a menina que dorme no armário da cozinha, os piolhos da Rapunzel…
As Crianças Vão Ficar Doidas! Texto: Tino Freitas. Ilustrações: Mariana Massarani. Manati, R$ 37.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Tino Freitas na Livraria NOVE SETE (SP)


Em setembro de 2011 tive a alegria de me apresentar no palco da Livraria NOVE SETE (a foto acima reproduz detalhe da ilustração que orna o palco), em São Paulo. Um lugar super especial, com um acervo riquíssimo de Literatura Infantojuvenil. Nesse dia, além da companhia da querida Ana Paula (da Casa de Livros), que me ciceroneou naqueles dias paulistas, encontrei o querido Renato Coelho - que me presenteou com o primeiro OS TRÊS PORQUINHOS DE PORCELANA (il. Walther Moreira Santos, Melhoramentos) - e a querida Cristiane Rogério, que ainda não havia assistido ao show. Dias depois tive a alegria de ler o seu olhar de jornaista e leitora apaixonada sobre o que viu, publicado na sua coluna no SITE DA REVISTA CRESCER. Para mim, foi como receber uma fotografia de um amigo feita a partir de um ângulo até então desconhecido. Gostei bastante. Hoje, o show mudou um pouquinho, mas sigo ainda mais apaixonado por livros. Aos queridos leitores desse blog, reproduzo o texto da Cris logo abaixo. Obrigado, Cris, por ofertar seu olhar sobre esse trabalho que faço com tamanho carinho e respeito aos leitores. Até breve. Hakuna Matata!!!

O QUE TEM ESCONDIDO NOS LIVROS
Contar uma história com um livro em mãos pode ser um desafio, mas também uma grande aventura

por Cristiane Rogério

Muito atrasada, sábado passado assisti pela primeira vez a uma apresentação do músico, jornalista e há alguns anos escritor de literatura infantil Tino Freitas. Cearense que vive em Brasília, conheci Tino pelo trabalho que ele e sua esposa, a educarora Ana Paula, fazem próximo à região que moram, o respeitado projeto Roedores de Livros. Você pode acompanhar tudo aqui no roedoresdelivros.blogspot.com.

O show de Tino aconteceu na Livraria da Novesete, no bairro da Vila Mariana, em São Paulo, dedicada às crianças. Dezenas delas estavam lá, sentadinhas como eu, à espera da apresentação que prometia música e contação de histórias. Com seu jeito engraçado e colorido, Tino puxou a turma para cantar com ele canções conhecidas e outras daquelas que pede a participação da plateia. Estavam todos entregues, mas o mágico mesmo acontecia quando ele abria um livro.

Eu realmente fiquei impressionada. Por mais que eu conhecesse as histórias, Tino dava um movimento ao livro como nunca vi. A gente assistia a tudo como se víssemos algum tipo de teatro: as ilustrações dançavam à nossa frente. Você via o livro o tempo todo, mas o potencial de suas páginas estava ampliado muitas vezes. Encantador.

Ele começou com o sensacional É um Ratinho?, da coleção O que é o que é, do belga Guido van Genechten. Para quem não sabe, é um livro de uma página só de 70 cm, que vai se abrindo e mostrando ao leitor um novo bicho a cada dobra. As crianças enlouqueceram com o suspense e as brincadeiras que nasceram a partir da história deste livro sem nenhuma palavra. Depois ele contou outros, como o Cadê o Juízo do Menino, de autoria dele e que entrou para a lista dos melhores livros publicada em 2010. E na história de Eric Carle, Uma Lagarta Comilona (da lista publicada em 2011), Tino tinha uma versão americana que ainda não temos aqui em que os pop-ups fazem o livro ficar ainda mais interessante em uma apresentação como esta. A borboleta no final do livro voou nas mãos de Tino. E as crianças – e acredito que nem os pais – perceberam que o idioma nele não era português.

O que ele tem – além, claro, de ser um ótimo artista? Paixão pelos livros. Ele lê/conta o que gosta, estava muito claro isso. E é essa paixão que falo tanto. A criança percebendo esse amor por aquela leitura vai se encantar também. Com você – por você estar fazendo aquilo por ele – e com a história. Experimente.