sábado, 13 de fevereiro de 2010

A primeira desparafusada ninguém esquece...

Para iniciar este blog, gostaria de falar das origens do CADÊ O JUÍZO DO MENINO?, meu primeiro livro. A ideia chegou assim de repente em agosto de 2008 e foi ficando, foi ficando, foi ficando... até que quis sair.

Originalmente pensei que o livro seria algo parecido com um "pop up" em que cada local onde poderia estar o "juízo" do menino, no texto, seria passível de busca nas ilustrações sobrepostas nas páginas. Dessa forma, o leitor poderia levantar o travesseiro, abrir a porta da geladeira, do armário do banheiro e encontrar sob cada local objetos criados pela ilustradora e que não tivessem muito sentido de estar "ali". Poetei a história e senti a necessidade de mostrar aos mais chegados - afinal, era a primeira. A forma que imaginei para mostrar a ideia completa foi compondo um rascunho com texto e imagem. Foi aí que soltei o traço e criei o esboço que ilustra este post.

Engraçado que desde o início eu havia desejado que o livro fosse ilustrado pela Mariana Massarani e publicado pela Manati. Enquanto não tinha a coragem de enviar o texto para a editora, fui burilando as ideias e as palavras, até que chegaram ao contexto final, trocando a ideia inicial do "pop up" (que ainda acho muito boa) pela sacada de colocar o leitor para procurar os parafusos/juízos por todo o livro - e que Mariana soube amplificar.

O fato é que em junho de 2009 aquela ideia que se desparafusou da minha imaginação ganhou forma exatamente como eu havia pensado. Aliás, exatamente, não. Muito melhor. Pois virou uma obra coletiva, desparafusada também das cucas bacanas de Bia Hetzel, Mariana Massarani e Silvia Negreiros. E como elas sabem quais parafusos desapertar para fazer o meu sorriso crescer. Foi assim.