quinta-feira, 22 de abril de 2010

Encontraram o Juízo do menino no Correio Braziliense

A seguir, o texto da reportagem acima, sobre o lançamento do livro CADÊ O JUÍZO DO MENINO? na Livraria Cultura, escrita pelo jornalista Sérgio Maggio e publicada no jornal CORREIO BRAZILIENSE no dia 23 de agosto de 2009.

MENINO BULIÇOSO

Cantor, compositor, jornalista e contador de histórias, Tino Freitas estreia na Literatura Infantil com narrativa poética e vibrante.

Por Sérgio Maggio.

O cantor e compositor Tino Freitas é assumidamente um sujeito desparafusado. Daqueles que fazem

as coisas de supetão e acabam por mudar o rumo da história. Agora mesmo, ele, que veio das bandas do Ceará para o DF, deu para escrever livro infantil. Cadê o juízo do menino?(Editora Manati) é uma

deliciosa travessura de um garoto de parafuso a menos. A obra, que marca a estreia de Tino no gênero, será lançada hoje, às 17h, na Livraria Cultura (CasaPark).


— O juízo é um parafuso que a gente deixa apertado pra máquina do pensamento não fazer nada errado, defendeTino, num jeito quase oral de escrever a história.


A cadência, o ritmo e a melodia dos versos deixam Cadê o juízo do menino? como se fosse uma leitura de pé de ouvido. Experiência trazida do trabalho de mediação no projeto Roedores de Livros, que integra nas manhãs de sábado na Ceilândia.


— No Roedores de Livros, a criança participa ativamente do contar da história. O livro é um brinquedo, conta Tino. Cadê o juízo do menino? obedece à lógica. A narrativa não finaliza com um ponto. Começa o jogo para o leitor descobrir parafusos ocultos nas ilustrações de Mariana Massarani, na linha onde está Wally?


— Agora, pequeno leitor, releia o livro sem pressa. Assim que a história termina, a brincadeira começa. Procure nestas páginas algum tipo de parafuso, juízo de todo jeito pra ninguém ficar confuso”.


E haja parafuso escondido nas imagens poéticas da premiada Mariana Massarani. São tão dinâmicas quanto as estrofes de Tino e correm de uma página a outra, como se fossem quadrinhos. Os dois, aliás, conheceram-se numa feira literária do Rio. No entanto, foram fisgados à mesa. Tino preparou um

macarrão com atum e berinjela. Mas ela foi conquistada mesmo com uma história que achou o máximo: a de um pudim que o desparafusado teve que levar no colo de uma viagem noturna de Fortaleza até Brasília.


O bacana do livro é que Tino Freitas mostra o respeito às diferenças, mesmo com todos os personagens achando impossível conviver com o menino assim tão distraído. Quando ele finalmente encontra o parafuso, justifica-se como é bom ter gente assim na vida, com o juízo frouxo.


Um comentário:

MCris disse...

O título deste post é daqueles que, estando na primeira página, nos fazem abrir o jornal ali mesmo, de pé, ao lado da banca...

Perfeito.