Feito isso, fui à luta: mostrei a uma editora que não o desejou naquele momento. Apresentei a outras pessoas queridas do meio editorial que sequer me deram um “oi” (e eu fui aprendendo que isso é mais comum do que eu pensava). Li para alguns amigos que se emocionaram mas, confessadamente, não viram naquele projeto um livro ilustrado. Meio que achando ser esse um texto impublicável, apresentei a uma querida amiga como quem deixa o filho na casa da avó durante as férias de final de ano. Ele, o texto, brincou por ali, enquanto fui publicando livros por aqui, até que, assim como um filho querido, o texto voltou aos meus braços após longas férias.
Entre essa leitura e
o nosso contrato, um pequeno hiato. Tempo suficiente para que eu apresentasse o
texto, meio que de forma instintiva, para quem eu gostaria que o ilustrasse:
Elvira Vigna. Eu a conheci primeiro nos livros ilustrados em que ela emprestou sua arte. Depois fomos
trocando impressões por emails. Uma noite, nos encontramos rapidamente em
Brasília e eu a achei ainda mais interessante. Um dia tomei coragem e mandei
minha menina fazer uma visita aos olhos de Elvira e logo depois, tive a certeza
que, fosse qual o editor a apostar nessa ideia, eu pediria que fosse Elvira minha parceira nesse projeto.
Agora ele está aqui.
Repousa na mesa de trabalho enquanto escrevo. A Abacatte e Elvira Vigna deram a
ele cor e forma de um jeito ímpar e o (livro) Primeira Palavra (que perdeu o
“a” no meio do caminho) tem emocionado muitos leitores daqui e alhures. Um
projeto ousado, forte, intenso. Belo. Obrigado. Espero, do fundo do coração,
que ele faça muitos amigos, agora que está solto no mundo. Hakuna Matata!!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário